
'So,' continued Bond, warming to his argument, 'Le Chiffre was serving a wonderful purpose, a really vital purpose, perhaps the best and highest purpose of all. By his evil existence, which foolishly I have helped to destroy, he was creating a norm of badness by which, and by which alone, an opposite norm of goodness could exist. We were privileged, in our short knowledge of him, to see and estimate his wickedness and we emerge from the acquaintanceship better and more virtuous men.'
Ian Fleming escreveu estas palavras em Casino Royale, na boca de um espião que, durante toda a aventura, não usa gadgets nem por uma vez dispara a sua arma. A recente versão para cinema é um passo de gigante em relação à personagem de BD que Brosnan vinha encarnando, mas está ainda longe deste animal seco, bizarro, quase medieval, com um sentido do dever extremado de origens pouco claras e uma visão (ainda mais) obtusa das mulheres. É um livro distante, quase esquemático, coberto por uma pátina que lhe dá um interesse lateral como "curiosidade". Ainda assim, muito melhor do que eu esperava.
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